
Lidar com momentos de crise ou agitação em crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser desafiador. Mas com as estratégias certas, é possível transformar esses momentos em oportunidades de conexão, segurança e bem-estar.
Hoje, vamos revelar uma técnica simples, mas extremamente eficaz, que tem ajudado muitas famílias e educadores a acalmar pessoas com autismo de forma respeitosa e funcional.
Por que os autistas ficam agitados?
A agitação pode ser causada por diversos fatores: excesso de estímulos, mudança de rotina, frustrações, dores físicas ou mesmo dificuldade em expressar sentimentos. É importante lembrar que o comportamento é uma forma de comunicação.
Em vez de corrigir a crise, o foco deve ser em entender a origem do desconforto e agir com empatia.
A Técnica da Pressão Profunda
Uma das técnicas mais eficazes para acalmar um autista é a pressão profunda. Essa abordagem utiliza estímulos físicos firmes, mas suaves, que trazem sensação de segurança e relaxamento.
Funciona assim: com a ajuda de um colete de compressão, cobertores pesados ou até mesmo um abraço firme (caso a pessoa aceite o toque), o sistema nervoso recebe uma mensagem de calma e proteção.
Esse tipo de pressão estimula o cérebro a liberar neurotransmissores como serotonina e dopamina, que ajudam a reduzir o estresse.
Como aplicar com segurança
- Observe se a pessoa tolera toques. Alguns autistas não gostam de contato físico.
- Use coletes de compressão ou almofadas sensoriais próprias para isso.
- Se for abraçar, pergunte antes e jamais force.
- Faça com calma, sem pressa. Respeite o tempo da pessoa.
Criança autista
Outros recursos que ajudam
Além da pressão profunda, outras ações complementares ajudam a acalmar:
- Reduzir os estímulos visuais e sonoros
- Usar fones com isolamento de ruído
- Criar um “cantinho seguro” com objetos familiares
- Utilizar músicas suaves ou sons da natureza
- Oferecer brinquedos sensoriais como bolinhas de textura ou massas de modelar
A técnica da pressão profunda é um verdadeiro segredo para acalmar autistas com carinho, respeito e eficácia. Porém, o mais importante é conhecer a pessoa com TEA e entender o que funciona melhor para ela.
Cada autista é único, e quando nos abrimos para essa escuta sensível, conseguimos criar ambientes mais acolhedores e felizes para todos.
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